Uma procissão de bar em bar, mas ninguém está procurando nada. De fato, a idéia principal é se perder. Deixar que as pernas ganhem humor capaz de fazer graça conosco, que nossas línguas se sufoquem uma na outra, enquanto nossas mãos balançam os cigarros que podem ou não estar prestes a queimarem alguém. Os olhos ganham proteção sobre que não querem ver.
Piadas que não tem nexo, brinquedos de criança empenados por que se molharam com bebidas alcoólicas. Você precisa me vestir de mistérios para que possa me desnudar do jeito que você deseja, você precisa apenas fingir que não sabe pra ficar com curiosidade.
Costumava dizer pouco importa. Agora nem ao menos me importo em dizer. Quero abraçar a todos ao redor da mesa e agradecer-lhes por aquilo que eu sei, fazem a contragosto apenas pensando em si próprios. Afinal não é nem uma última ceia nem nada.
Um filme do Frank Sinatra passa na tv sem som, Count Basie flutua esguio entre a fumaça que sai do cinzeiro em busca da luz jogada para o outro lado, da janela, de onde se vê a lua. As luzes dos postes escrevem frases que ninguém percebe e que eu não quero dizer quais são. Mas essa mensagem secreta pouco interessa.
Piadas que não tem nexo, brinquedos de criança empenados por que se molharam com bebidas alcoólicas. Você precisa me vestir de mistérios para que possa me desnudar do jeito que você deseja, você precisa apenas fingir que não sabe pra ficar com curiosidade.